20 de mar. de 2010
De perto ninguém é normal
"Vaca profana", Caetano Veloso
Respeito muito minhas lágrimas,
mas ainda mais minha risada.
Escrevo assim minhas palavras
na voz de uma mulher sagrada.
Vaca profana põe teus cornos
pra fora e acima da manada!
Vaca profana põe teus cornos
pra fora e acima da mana...! Ê!
Dona das divinas tetas,
derrama o leite bom na minha cara
e o leite mau na cara dos caretas!
Segue a Movida Madrileña,
também te mata Barcelona.
Napoli Pino, Pí, Pau, punks,
Picassos movem-se por Londres.
Bahia onipresentemente,
Rio e Belíssimo Horizonte.
Bahia onipresentemente,
Rio e Belíssimo Horizo... Ê!
Vaca de divinas tetas,
la leche buena toda en mi garganta,
la mala leche para los puretas!
Quero que pinte um amor Bethânia,
Stevie Wonder andaluz,
como o que tive em Tel Aviv,
perto do mar, longe da cruz.
Mas em composição cubista,
meu mundo Thelonius Monk's blues.
Mas em composição cubista,
meu mundo Thelonius Monk's... Ê!
Vaca das divinas tetas,
teu bom só para o oco, minha falta
e o resto inunde as almas dos caretas.
Sou tímido e espalhafatoso,
torre traçada por Gaudí.
São Paulo é como um mundo todo,
no mundo um grande amor perdi.
Caretas de Paris, New York,
sem mágoas estamos aí.
Caretas de Paris e New York,
sem mágoas estamos aí... Ê!
Dona das divinas tetas,
quero teu leite todo em minha alma,
nada de leite mau para os caretas.
Mas eu também sei ser careta,
de perto ninguém é normal
às vezes segue em linha reta,
a vida que é meu bem, meu mal.
No mais, as ramblas do planeta,
"Horchata de chufa, si us plau".
No mais, as ramblas do planeta,
"Horchata de chufa"... Ê!
Deusa de assombrosas tetas,
gotas de leite bom na minha cara
Chuva do mesmo bom sobre os caretas...
Chuva do mesmo bom sobre os caretas...
Chuva do mesmo bom sobre os caretas...
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