A gente faz hora, faz fila na vila do meio dia
pra ver Maria.
A gente almoça e só se coça e se roça
e só se vicia.
A porta dela não tem tramela a janela é sem gelosia
nem desconfia.
Ai, a primeira festa, a primeira fresta, o primeiro amor...!
Na hora certa, a casa aberta, o pijama aberto, a família,
a armadilha.
A mesa posta de peixe, deixe um cheirinho
da sua filha.
Ela vive parada no sucesso do rádio de pilha.
Que maravilha!
Ai, o primeiro copo, o primeiro corpo, o primeiro amor...!
Vê passar ela, como dança, balança, avança e recua...
A gente sua.
A roupa suja da cuja se lava
no meio da rua.
Despudorada, dada, à danada agrada andar seminua,
e continua.
Ai, a primeira dama, o primeiro drama, o primeiro amor...!
Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava Paulo que amava Juca que amava Dora que amava...
Carlos amava Dora que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava...
Carlos amava Dora que amava Pedro que amava tanto que amava a filha que amava Carlos que amava Dora que amava toda a quadrilha!
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